top of page

A inteligência tributária e a automação fiscal.

Publicado em 19 de julho de 2018

O Brasil é uma economia em recuperação, com atenções fiscais voltadas ao “digital tax”. Exemplos não faltam, desde a criação do SPED, há 10 anos, e mais recentemente, com o REINF e o E-Social.

É evidente que não somos os únicos a concentrar esforços na era fiscal automatizada. Outras nações seguem a mesma linha, a exemplo de diversos países da Europa, especialmente no Reino Unido, com a SAFT; e o grupo da Ásia formado por India, China e Japão, com o GST.

Fácil constatar que a tendência mundial é a tecnologia fiscal, concentrada em três tópicos principais:

  • Armazenamento na nuvem (Cloud);

  • Sistemas de ERP (ERP Systems) e;

  • Segurança da informação (Information Security).

Além disso, tecnologias emergentes já estão impactando as questões tributárias, tais como: 

  • Automação robótica de processos (Robotics Process Automatization); 

  • Inteligência artificial (Machine Learning / AI) e;  

  • Blockchain (utilizada no âmbito da moeda virtual Bitcoin, como estrutura de dados que representa uma entrada de contabilidade financeira ou um registro de uma transação).

Não por acaso, a OCDE tem como Ação nº 1 do BEPS, o Endereçamento das Questões Fiscais da Economia Digital. Mas voltando à operação fiscal, foco deste breve artigo, constata-se que todo trabalho mecânico vem sendo automatizado; cruzamentos fiscais pelas autoridades e contribuintes, intensificados; máquinas estão dando conta das consolidações, cálculos, preparação e entrega das obrigações fiscais, cada vez mais eletrônicas e; a inteligência artificial tem sido testada julgamentos de processos fiscais.

Na área tributária, a automação tem que ser vista como ferramenta, recurso e complemento da atividade humana; deve ser utilizada cada vez mais e fazer parte dos objetivos de qualquer gestor fiscal, administrador ou empresário. Mostra-se há muito um elemento de competitividade, redutor de custos e de certo modo, garantia de sobrevivência num mercado cada vez mais exigente.

E é num cenário como este, com a inevitável substituição de inúmeras atividades transacionais, que a tecnologia abre cada vez mais espaço para a inteligência tributária, não a artificial, mas a humana, esta sim garantidora de uma administração fiscal de excelência.

Reginaldo Angelo dos Santos.

CONECTANDO TRIBUTAÇÃO E NEGÓCIO

bottom of page